domingo, 22 de março de 2015

Perdão

      

   


Muitos enganam-se ao pensar que perdão é um sentimento, uma emoção.  Acreditam que é necessário sentir algo para então liberar o ofensor de dentro de si. E nesta espera por um sentimento, desta sensação em favor do ofensor, apostam que om tempo é o melhor remédio. Ledo engano. Esquecem-se de que a dor da ofensa transforma-se em ferida na alma, da qual mina uma "má-água": a mágoa.  Esta flui internamente ruminando o ato ofensivo, que como num círculo vicioso, renova a dor. O tempo não apaga. Apenas cria uma casca, escondendo o real estado da ferida. É desta forma se estabelece uma prisão.
      
 Perdão é atitude, Ato da volição. É racional.  É necessário decidir não permitir que o ato ofensivo ocasione a ferida. Perdoar significa liberar o ofensor tão logo nos dermos conta da dor da ofensa. É impedir a mágoa aprisionante.
         Perdoar não é esquecer. Ninguém esquece algo que dói. 
       Quem perdoou lembra da ofensa, porém esta não lhe incomoda, não dói, não lhe causa efeito emocional.  
Quem perdoa é livre.

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