Estes três podem ser confundidos em alguns momentos da nossa
vida, mas possuem significados e sintomas bem distintos. São parceiros
indesejáveis nos nossos dias corridos, em nossas horas que parecem voar. Coisas para fazer... Incertezas... Expectativas...
Quem nunca ficou estressado com alguma tarefa ou com muitas
tarefas? Quem nunca se sentiu ansioso por algo? E a angústia? Essa ‘coisa’ que
não sabemos nomear e que nos sufoca em alguns momentos?
Segundo os dicionários, ansiedade
significa angústia,
aflição e grande inquietude. Significa um desejo veemente, uma
impaciência. A ansiedade é
uma forma de alerta. Uma reação normal ante as expectativas da vida. Boas ou ruins.
Mas como lidar com ela?
Somos ansiosos por natureza. Uns mais outros menos. A ansiedade permeia todas as nossas ações,
pois somos seres que planejam, que percebem, que conseguem organizar percepções
e delas extrair conclusões, hipóteses. Almejamos resultados. Nisto se constituem nossos anseios, nossas
expectativas, nossos sonhos. As reações psicofisiológicas
comuns são agitação interna, estado de alerta, distúrbios gástricos, perturbações
ao sono. Dormimos mal quando estamos ansiosos.
Satisfeita nossa expectativa, cessa-se a ansiedade.
Quando nos “pré-ocupamos” demais com coisas do dia-a-dia ou
com aquilo que almejamos; quando nossa vida gira em torno do que esperamos;
quando paralisamos as demais coisas, estamos caminhando para um transtorno de
ansiedade.
A angústia pode
ser descrita como ‘ansiedade não nomeada’. É algo que “pré-sentimos”, mas não conhecemos a razão conscientemente.
Estar angustiado é estar inquieto, com ânsia de choro, com um ‘bolo’ na
garganta sem saber por quê. Chorar
alivia. A angústia deixa de existir quando descobrimos a causa; quando a
nomeamos. Ela pode passar a um estado de ansiedade, como conhecemos, ou
não.
Estresse... O popular estresse. Podemos defini-lo como um conjunto de
sintomas decorrentes da exposição do corpo e/ou da mente a situações
desgastantes. É como manter uma máquina trabalhando no seu limite máximo, ou
além dele, por algum tempo. Certamente apresentará desgaste de peças mais
rapidamente, decrescendo sua produtividade, ou haverá sua paralização total por
quebra de peças.
Do estresse fazem parte a
ansiedade, o cansaço, a fadiga, alterações na imunidade do corpo (e com
isso doenças frequentes), alterações de sono e de humor. Várias psicopatologias originam-se no estado
de estresse. Depressão, fobias, síndrome de Burnout e transtornos de ansiedade.
Vivemos em dias agitados, corridos. O tempo parece ser pouco
para aquilo que desejamos realizar. Então corremos mais para alcançar. Mas e as
consequências? Até mesmo Jesus Cristo, conhecendo a natureza humana, exorta a
não nos deixamos tomar pela ansiedade (Mateus 6:25). Devemos fazer cada coisa a
seu tempo, dentro dos nossos limites. Cada um respeitando sua própria natureza.