Como havia prometido, eis algumas providencias que devem ser tomadas ao se sentir assediado:
- Resistir.
- Anotar, com detalhes, todas as humilhações sofridas: dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do(a) agressor(a), colegas que testemunharam os fatos, conteúdo da conversa e o que mais achar necessário.
- Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que sofrem humilhações do(a) agressor(a).
- Evitar conversa, sem testemunhas, com o(a) agressor(a).
- Procurar o Serviço Social / GRH de sua empresa e relatar o acontecido.
- Procurar seu sindicato, caso não haja providencias pela empresa.
- Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas.
Estas medidas visam proteger o trabalhador no âmbito da empresa e sindicato. No âmbito criminal, segundo o portal do Ministério do Trabalho, estes são as Instituições e órgãos que devem ser procurados:
• Ministério do Trabalho e Emprego
• Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego
• Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher
• Conselhos Estaduais dos Direitos da Mulher
• Comissão de Direitos Humanos
• Conselho Regional de Medicina
• Ministério Público
• Justiça do Trabalho
• Central Alô Trabalho
• www.mte.gov.br/ouvidoria
O Ministério do Trabalho ainda dispõe o telefone 158 para dúvidas e orientação.
Psicologicamente falando...
Não é nada fácil resistir ao terror psicológico por detrás do assédio. O esforço em manter-se inabalável é estressante. Mas é preciso mesmo estar atento para que o assediador perceba que não está conseguindo o efeito desejado. A resistência dificulta seus objetivos.
O dano psíquico causado pelo assédio pode ser permanente ou transitório. É caracterizado quando a personalidade da vítima é alterada e seu equilíbrio emocional sofre alterações. Apesar de fatos isolados não parecerem violências, seu acúmulo durante algum tempo gera efeitos na psique. Esses pequenos traumas dão margem ao surgimento de transtornos depressivos e fobias, entre outros transtornos psicológicos.
Quando a empresa não dispõe de ações ou departamentos de proteção quanto ao assédio moral/sexual, o trabalhador sente-se desprotegido e ao buscar auxilio em órgãos externos seu nível de tensão aumenta. É necessário o apoio de familiares, amigos e colegas na batalha contra esta prática criminosa.
A ajuda pode vir dos diversos órgãos disponíveis para denuncias, ou mesmo através de advogados que pleitearão a causa. Quanto a saúde, a psiquiatria e a psicologia são parceiras na luta contra os transtornos psicológicos e no restabelecimento psíquico. Além, é claro, do acolhimento dos familiares e amigos.